quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Projeto do CREIA entregue ao Governador


Com o propósito de apresentar o Projeto do CREIA – Centro de Referência em Educação Inclusiva Ambiental, que tem por objetivos iniciais:
“Objetivo Geral: trabalhar as potencialidades, desvelando possibilidades para viabilizar a inclusão. Focando inicialmente o deficiente visual.

Objetivos específicos:
- Estimulação sensorial e do resíduo visual;
- Trabalhar as Atividades de Vida Diária (AVD);
- Psicomotricidade;
- Explorar as técnicas de orientação e mobilidade;
- Ensino do Sistema Braille;
- Uso da reglete e máquina Perkins;
- Operação do Sorobã;
- Introdução a informática;
- Oficina de trabalhos manuais, música e teatro;
- Divulgação dos direitos e deveres, gerais e específicos ao deficiente visual;
- Troca de experiências;
- Campanhas de conscientização sobre a deficiência visual e prevenção dos males da visão.
- Implantar biblioteca acessível ao público alvo (livros e revistas em Braille, audiolivros);
- Criar um espaço de estudos para profissionais interessados na demanda (com bibliografia pertinente a deficiência visual e outras);”

participamos da reunião da AMVI – Associação dos Municípios do Vale do Itapecerica, e entregamos nas mãos do governador de Minas Gerais na época, Aécio Neves, que posteriormente nos respondeu que o CREIA tratava-se de um projeto de grande abrangência e, para que pudesse ter continuidade com apoio do Estado, encaminharia o referido Projeto à Secretaria de Assistência Social.
Na foto vemos, da esquerda para a direita:
Hélcia Veriato, Presidente da ONG Lixo e Cidadania de Divinópolis;
José Ricardo Machado, Coordenador do CREIA;
Rosimeire Machado, Professora do CREIA.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Programa Questões: Softwares Assistivos para Educação Inclusiva


Disponibilizamos o link para que possam assistir ao Programa Questões, com o tema Softwares Assistivos para Educação Inclusiva.

Pedimos desculpas pelo equívoco na divulgação do ano de criação do DOSVOX, estava em convalescência de uma angeoplastia no dia da entrevista, na verdade ao citarmos o ano de 1985, confundimos com o ano de criação da primeira rede pública de transmissão de dados brasileira, chamava-se Rede Renpac. O projeto DOSVOX teve início a partir de 1993, como podemos conferir através do breve histórico do DOSVOX no link abaixo:

http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/historico.htm

Neste link você poderá assistir ao Programa completo:


Atenciosamente,

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Poetisa Simone Xavier


AUTOBIOGRAFIA

Eu, Maria Simone Araújo Xavier nasci em Divinópolis no dia 09/04/1977. Casei-me com Reginaldo Sebastião Xavier. Fiz meus estudos na Escola Municipal Otávio Olímpio de Oliveira e na Escola Estadual Manoel Correia Filho, em Divinópolis.
Espelho da Alma é minha primeira obra. Retrata, como o título pretende enfatizar, minha experiência de vida e como venci tudo para chegar ao Amor. Alguns de meus poemas refletem a dificuldade dos seres humanos como amar, sofrer, perder e dar sentido a própria vida. Outros poemas são homenagem à minha Mãe Margarida. Há cinco anos pretendo lançar meu livro. Agora consegui graças à ajuda de amigos. Graças a Deus, que, em todos os momentos de minha vida, segurou em minhas mãos e me guiou na luz de seu amor.

Simone – 99429183 (obra da vida entre 1998 e 2008)
 
Ainda a conversa com o leitor ou leitora!

Nosso leitor e amiga leitora, é bom ver Maria Simone declamando na Noite da Poesia e em outros lugares! Agora ela está nesta sensível obra, fruto de seu esforço.  Descortinamos a poesia como encantamento da autora, a abraçar o sentido interior e alinhavar os vários sentidos da sua interioridade – espaço da consciência poética e mística. Veja o processo de construção deste livro: primeiro, o desejo, depois a atitude de ditar seus poemas a sua sobrinha Cláudia Daiana. Mais um pouco de tempo, pôde  encaminhá-los ao prof. José Ricardo Gonçalves Machado e sua esposa Rosimeire Aparecida Machado. Esses, carinhosamente, souberam digitá-los e me enviá-los por e-mail. Finalmente, busquei o atual formato, poeticamente, aceitável. Reenviei a obra de Simone ao prof. José Ricardo e à Rosimeire. O texto concluso à Simone (autora) e sua aprovação final estimulou a luta por meses até a publicação. A autora vem agradecer de coração a todos que desejam o reconhecimento de seu trabalho. É a atitude solidária que configurou o livro, para você, qual jóia e presente. 

 

Professor José João Bosco Pereira


Disponibilizamos o e-mail do Centro de Referência em Educação Inclusiva Ambiental – CREIA, para contato com a Poetisa Simone Xavier:


O poema a seguir foi composto em homenagem ao Professor José Ricardo, a partir do anúncio de um curso de Braille, que levou a Poetisa a conhecê-lo:

ANÚNCIO

Aquele anúncio
Veio para escrever
A nova página
No livro da minha existência.
Tudo me fazia crer
Que insistir
Naquele sonho,
Era perda de tempo,
Mas o meu coração gritava alto
Para que eu continuasse
E não desistisse.
Até aquele momento,
Eu me sentia
Como um livro empoeirado,
Jogado em uma prateleira
No fundo de uma casa esquecida.
Sentia-me como a canção
Que não conseguia alcançar
Os corações daqueles que a ouviam.
Então, encontrei você,
E os meus olhos
Não puderam conhecer
Seus traços.
E minha alma,
Ao encontro da sua,
Pôde ver
O ser maravilhoso
Que você era.
Descobri que o mundo
Não está perdido,
Que ainda existem pessoas
Com alma de anjo,
E com a lealdade;
É reflexo do amor de Deus.


Simone Xavier.

Mecanismo da Visão


MECANISMO DA VISÃO

Falar sobre a importância da visão e dos cuidados que se deve ter, com esta estrutura complexa que é o olho humano, é dispensável.
O olho é o órgão da visão, um mecanismo sofisticado de comunicação com o mundo exterior. Ele é formado por três camadas: esclera, o branco do olho, coróide, camada vascular fina e pigmentada na qual se encontram a íris e a pupila, e retina, onde se localizam os receptores fotossensíveis.
Os raios luminosos entram pela pupila, atravessam o cristalino, uma lente gelatinosa, sofrem convergência e vão incidir sobre a retina. Nela existem neurônios que captam a luz e jogam os estímulos visuais no nervo óptico que os conduzirá até a área mais importante da visão: o lobo occipital situado no cérebro.
      A imagem que se formou na retina é invertida e será decomposta de acordo com o formato e a cor. As linhas verticais, as inclinadas, as circulares, as cores que compõem o espectro do arco-íris, cada uma é conduzida por um circuito de neurônios até o centro da visão no lobo occipital, onde a imagem será remontada.
Portanto, quem realmente enxerga não é o olho, é o cérebro, que monta as imagens e estabelece relações com a memória.
Qualquer alteração que ocorra no caminho percorrido pelos raios luminosos até o cérebro pode provocar deficiência visual. Por exemplo, a catarata que acomete especialmente nos idosos, mas não só neles, é causada pelo espessamento do cristalino. Outros problemas podem aparecer na córnea, na retina, no nervo óptico, ou no cérebro, o que acontece nos casos de derrame cerebral em que as pessoas perdem as áreas que coordenam a visão.
A título de informação, apresentamos dados que nos falam da participação dos sentidos em nossa percepção:

VISÃO
AUDIÇÃO
TATO
OLFATO
PALADAR
75%
13%
6%
3%
3%

A deficiência sensorial diz respeito a alterações nos órgãos dos sentidos.
A deficiência visual, assim como outras deficiências, nos aponta o caráter mutável e flexível dos sujeitos humanos e as inúmeras possibilidades do seu desenvolvimento.
O professor Hilton Rocha foi um grande pesquisador na área de deficiência visual em Minas Gerais. Para expor a dificuldade de um diagnóstico definitivo da deficiência visual na área médica, mostrou que, em 1966 a Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou 66 diferentes definições de cegueiras, utilizadas para fins estatísticos em diversos países. Segundo o autor, a OMS propôs, em 1972, normas para uma definição no sentido de se uniformizarem os dados relativos à acuidade visual, com finalidades estatísticas. Na oportunidade, foi introduzido o termo “visão subnormal”, ao lado de “cegueira”.
Desse modo, uma baixa acuidade visual pode significar uma cegueira total ou parcial, uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais.
Próximos a cegueira total, estão os indivíduos que só tem percepção e projeção luminosas. A percepção luminosa implica a distinção entre claro e escuro. A projeção implica identificar também a direção de onde provém a luz. A cegueira total pressupõe completa ausência da visão. A visão é nula, sendo que nem a percepção luminosa está presente.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1999) referem-se a deficiência visual como:
A redução ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e após a melhor correção ótica. Manifesta-se como:
Cegueira: caracteriza-se por perda da visão, em ambos os olhos, com visão de menos de 0,1% no melhor olho após correção, ou um campo visual não excedente a 20 graus, no maior meridiano do melhor olho, mesmo com uso de lentes de correção. Sob o enfoque educacional, a cegueira representa a perda total ou o resíduo mínimo da visão que leva o indivíduo a necessitar do Método Braille como meio de leitura e escrita, além de outros recursos didáticos e equipamentos especiais para sua educação.
Visão reduzida: caracteriza-se por acuidade visual dentre 6/20 e 6/60, no melhor olho, após a correção máxima.

Deficiência Visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que, 05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;
(Redação dada pelo Decreto nº 5.296, de 2004)

Há vários tipos de classificação. De acordo com a intensidade da deficiência, temos a deficiência visual leve, moderada, profunda, severa e perda total da visão. De acordo com comprometimento de campo visual, temos o comprometimento central, periférico e sem alteração. De acordo com a idade de início, a deficiência pode ser congênita ou adquirida. Se está associada a outro tipo, como surdez, por exemplo, a deficiência pode ser múltipla ou não.
Segundo a Organização Mundial de Saúde - (OMS), cerca de 1% da população mundial apresenta algum grau de deficiência visual. Mais de 90% encontram-se nos países em desenvolvimento. Nos países desenvolvidos, a população com deficiência visual é composta por cerca de 5% de crianças, enquanto os idosos são 75% desse contingente.
De maneira genérica, podemos considerar que nos países em desenvolvimento as principais causas são infecciosas, nutricionais, traumáticas e causadas por doenças como as cataratas. Nos países desenvolvidos são mais importantes as causas genéticas e degenerativas. As causas podem ser divididas também em: congênitas ou adquiridas.
        Causas congênitas: amaurose congênita de Leber, má formação ocular, glaucoma congênito, catarata congênita.
Causas adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma, alterações retinianas relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.

IDENTIFICAÇÃO

Alguns sinais característicos da presença da deficiência visual na criança são desvio de um dos olhos, não seguimento visual de objetos, não reconhecimento visual de familiares, baixo  aproveitamento escolar, atraso de desenvolvimento. No adulto, pode ser o borramento súbito ou paulatino da visão. Em ambos os casos, são vermelhidão, mancha branca nos olhos, dor, lacrimejamento, flashes, retração do campo de visão que pode provocar esbarrões e tropeços em móveis.
Em todos os casos, deve ser realizada avaliação oftalmológica para diagnóstico do processo e possíveis tratamentos, em caráter de urgência.
Nos casos em que a baixa visão está caracterizada, deve ser realizada avaliação por oftalmologista especializado, que fará a indicação de auxílios ópticos especiais e orientará a sua adaptação, no entanto, deve-se incentivar o uso do resíduo visual nas atividades de vida diária, sempre que possível.

DESENVOLVIMENTO DA VISÃO

Nascimento: O recém-nascido só percebe a luz, pois a mácula ainda não está totalmente desenvolvida e o cérebro ainda não sabe interpretar os estímulos visuais que recebe.
Aos três meses: Já consegue fixar, pois a área da mácula está estruturada. Consegue seguir um objeto com o olhar.
Aos nove meses: Inicia-se a visão de relevo: já consegue ter noção de distância e de formas.
Com um ano: As crianças já reconhecem objetos e parentes próximo a ela.
Aos quatro anos: Visão quase completa.
Aos cinco anos: Visão igual a do adulto, podendo melhorar até aos sete anos de idade.

Acuidade Visual

Visão Central: É aquela na qual a imagem cai no centro da retina, em uma área chamada mácula, e essa visão é cheia de detalhes. E importante na leitura para perto, para longe e nas atividades que exigem percepção de detalhes.
Visão Periférica: E aquela que se forma fora da mácula, na periferia da retina. Essa visão não é rica em detalhes; percebe-se a presença dos objetos e movimentos, mas nada nítido. E importante para se locomover, principalmente à noite (com pouca iluminação).
Acuidade Visual: E a capacidade visual de cada olho (monocular) ou dos dois olhos em conjunto (binocular).
Campo Visual: é toda a área que abrange a visão, sem movimentar os olhos.


Doenças Oculares que acarretam baixa visão

Na criança: Catarata Congênita, Toxoplasmose, Glaucoma Congênito, Neurite ótica, Conjuntivite Gonocócia, Retinopatia do Recém-nascido, Retinose Pigmentar.
Doenças hereditárias: albinismo, anomalias Córnea, Mácula, etc..

Obs.: Nistagmo(movimentos rápidos de um lado para o outro), quase sempre é um sintoma de desordem neurológica e indica que seu portador deve ter também desordens no sistema visual.

Estimulação Precoce: O desenvolvimento da visão está relacionado a estímulos visuais. Esforço visual não enfraquece a visão.
Assim, nenhum esforço visual é prejudicial ao olho, ao contrário, é um exercício para a visão que a criança tem.

Referências:

BRASIL. Deficiência Visual. [on-line] Portal da Saúde. 2005. Disponível em:
Acesso em 18/11/2005.
BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional n. 9394/96. Brasília: Ministério da Educação e Cultura, 1996.
LÁZARO, Regina Célia Gouvea. Indicadores mais comuns que podem sugerir uma investigação oftalmológica. [on-line] Instituto Benjamin Constant. Disponível em:
Acesso em 13/11/2005.
HADDAD, Maria Aparecida. Deficiência Visual. [on-line] Drauzio Varela Entrevista. 2005. Disponível em:
Acesso em 20/11/2005.
ROCHA, Hilton. Ensaio Sobre a Problemática da Cegueira  - Prevenção, Recuperação e Reabilitação. Fundação hilton Rocha. Belo Horizonte, MG. 1987.